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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,
Gilberto Kassab, evitou nesta terça-feira, 26, comentar mudanças no Ciência sem
Fronteiras (CsF), mas reconheceu que, diante da conjuntura econômica do País,
“está se buscando mais eficiência para o programa”.
“A gestão do Ciência sem Fronteiras é da Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e afeta o MEC
(Ministério da Educação), portanto, seria inadequada uma manifestação minha
formal”, disse após reunião com o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB),
e o ministro da Educação, Mendonça Filho, que não participou da entrevista.
Nesta segunda-feira, 25, o MEC anunciou que vai
deixar de conceder bolsas de intercâmbio a estudantes brasileiros de graduação
pelo programa e que ele será retomado com foco no ensino de línguas, “incluindo
jovens pobres já no ensino médio matriculados em escolas da rede pública e
estudantes de pós-graduação”.
“Posso dizer que acompanho o tema e é público que o
programa passa por uma avaliação no sentido de aperfeiçoar a eficiência e
acredito que nossa assessoria de imprensa poderá encaminhar (as perguntas dos
jornalistas na entrevista) para que o MEC possa dizer o que tem sido debatido
internamente”, comentou Kassab. “Mas é público que, diante da conjuntura
econômica do País, está se buscando mais eficiência para o programa.”
Em nota, a Capes informou que as concessões de
bolsas foram finalizadas em 2014, conforme previsão inicial, e que atual gestão
já encontrou a primeira fase do programa finalizada, sem recursos novos ou
orçamento para sua continuação.
“Por decisão do ministro, o programa será retomado
com novo enfoque. A Capes planeja a retomada do Ciência sem Fronteiras com foco
no ensino de idiomas, no País e no exterior, estruturado de forma a incluir
jovens pobres do ensino médio matriculados em escolas públicas”, diz o texto.
“Haverá ênfase em bolsas de pós-graduação para mobilidade de estudantes,
professores e pesquisadores, com participação mais ativa das instituições de
ensino superior nos processos de internacionalização.”
A pasta declarou que a mudança de foco “proposta é
exclusiva para intercâmbio de graduação”. “As bolsas de pós-graduação
(doutorado e pós-doutorado, atração de jovens cientistas) permanecem e, dentro
do limite financeiro disponível, poderão até ser ampliadas.”
O MEC informou ainda que incrementou em 20,9% o
orçamento do Ciência sem Fronteiras, a partir de crédito suplementar, passando
de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,8 bilhão, “o que garante a continuidade do pagamento
dessas bolsas”.
“O governo reitera a importância da iniciativa e vê
como necessária a reformulação do programa, para contribuir com o processo de
internacionalização do ensino superior e da ciência, tecnologia e inovação no
Brasil.”
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